A creatina é uma substância produzida pelo nosso corpo através da junção de três aminoácidos: glicina, metionina e arginina. É também encontrada nas carnes vermelhas e em peixes. Sua principal ação no nosso metabolismo é participar da etapa de produção de energia, mais especificamente, na regeneração do ATP (molécula de alta energia), em situações que se encontra em baixa quantidade. Devido a isso, muitos estudos a partir de década de 30, voltaram-se para os efeitos da suplementação de creatina, supondo que ela pudesse aumentar o tempo até o atleta entrar em exaustão (fadiga). Muitos resultados comprovam este fato, indicando que a creatina melhora a capacidade de explosão muscular do atleta, principalmente em exercícios ou situações de curta duração e de alta intensidade, como provas de cross-country ou mesmo nos sprints finais para se garantir uma boa colocação. Com o passar do tempo, foi observado também que alguns atletas que a utilizavam apresentaram uma elevação do seu peso corporal. Viu-se então, que a creatina facilitava também a absorção de água para dentro das células, tornando-as mais túrgidas (inchadas). Ao interromperem seu uso percebeu-se que o peso desses atletas voltava ao normal, o que justificaria a ação da creatina nos atletas suplementados.A grande novidade da suplementação da creatina está na sua importância em modalidades de longa duração, como o ciclismo de estrada e algumas provas de MTB. Estudos publicados a partir de 2004 mostram que o fato da creatina facilitar o inchaço das células pela retenção de água, preveniria também o surgimento de lesões causadas pelo esforço. Isso é explicado pelo fato da água presente no interior celular facilitar um ambiente ideal para as reações de regeneração das lesões, além de agir como amortecimento mecânico, evitando assim o rompimento da membrana celular com conseqüente morte da célula. Este quadro tem extrema importância se pensarmos no tempo de recuperação do atleta entre as sessões de treino ou mesmo pós-prova, diminuindo a dor tardia pós-esforço.

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